segunda-feira, 23 de julho de 2012

Céu limpo

Falei, reclamei, briguei, xinguei, rezei. Fiz coro a centenas de outras vozes que clamavam pelo sol. Enfim, atendidos! Um dia de domingo de céu limpo!!! 
E quando o sol aparece, corre! Igual cachorro vira-lata faminto, que se empanturra da única refeição do dia, pois não tem certeza de quando será a próxima.
Assim fizemos e corremos para passar o dia fora. Fomos ao Boudewijn seapark, uma hora e meia de viagem. Valeu a pena! Show de golfinhos, foca, leão marinho e rapinas. Brinquedos e muitos brinquedos. Sol e muito sol!
Aqui na Bélgica temos uma vantagem, por mais cheio que esteja, nunca está saindo pelo ladrão, como era o caso na China. Então, quando penso em preguiça por enfrentar filas, esbarrões e empurra-empurra, logo lembro do salve-se quem puder de Shanghai, e fico animadíssima com a perspectiva belga. Meto logo um sorriso no rosto e vamos que vamos.
Mas por incrível que pareça, e como nada é perfeito, hoje também sofri o desabor chinês. Minha filha estava toda comportada para chegar perto do mascote do parque para tirar uma foto, quando estava praticamente abraçada com ele, e eu a postos com a máquina, vem um bando de crianças franco-fônicas FURANDO FILA. A mãe delas, tão mal-educada quanto, dizia naquela vozinha fraca e sem autoridade nenhuma, espera. Como que o sangue me subiu, tirei Sophia daquela situação e cuspi fogo em cima daquelas pessoas. Quanto desapontamento!
Até então, não tinha vivido uma cena de tamanho desrespeito nessas bandas de cá. Comecei a prestar a atenção, notei que os "mal educados"estão por toda parte, e são principalmente os franco-fônicos. Os belgas de origem flamenga são mais refinados e respeitosos. E começo a compreender o desentendimento que existe entre os compatriotas, a ponto de cogitarem dividir o país, de 30,5 Km quadrados e 10 milhões de habitantes, em dois. São tantas as diferenças que deixo para relatar em outro post.
Na arquibancada fui chutada umas dezenas de vezes, nas costas e na cabeça, por um bebê italiano. Eu fiquei imaginando que a mãe não devia ter mão para segurar as pernas do filho. Acham que recebi algum pedido de desculpas? Nem pensar!
E como hoje era o meu dia de alegria, o sol brilhava, eu resolvi relevar e curtir os golfinhos saltitando na água.
Enfim, férias!
E férias devem ser gozadas por todos os indivíduos. E é por isso, que o comércio também fecha. Aquela boutique, padaria, açougue, restaurante todos fecham. Sim, apagam as luzes, trancam as portas e colocam um cartazinho: estamos de férias durante o período tal.
No Brasil isso não acontece, ninguém fecha a sua fonte de renda por 15 ou 20 dias. Ninguém é louco de correr o risco de perder o seu cliente para a concorrência que continuou lá, fiel e firme vendendo o pão e o leite de cada dia.
Sim, merecidas férias para o trabalhador que sempre manteve a sesta, que abriu às 9 e fechou às 5; que teve ajuda do cliente para voltar com a roupa para a arara, devidamente pendurada; que não se estressou com uma fila enorme no caixa, afinal cada um leva o tempo que precisa para escolher entre o pão mais branco ou preto; que demorou 15 minutos para chegar com uma cerveja, 40 para servir o prato principal e mais meia hora para trazer a conta; que sempre respeitou dia santo, nacional e domingo.
Sim, somos todos filhos de Deus, merecedores sem dúvida alguma, de gozar umas belas férias num resort espanhol, num balneário francês ou simplesmente no aconchego do lar.
Boas férias com muito sol para todos nós!


sexta-feira, 20 de julho de 2012

Verão??? Onde???



Começo com uma triste notícia: o verão não rolou.
A expetativa de um verão ensolarado depois de uma primavera tenebrosa, ficou mesmo nos sonhos.
O céu belga permanece encoberto de nuvens negras, insistindo em mandar chuva e frio. É, frio de 11 a 14 graus em pleno verão. 
Estamos no mês de liquidação nacional (até para liquidar existem regras por aqui, escrevo sobre isso depois). Liquidação de verão. Dá uma dó danada! Shortinhos, vestidinhos, camisetas tudo colorido e fresquinho, e tudo pendurado nas araras. Eu mesma, fiquei atrás de blusas de mangas e calças, coloridas claro, para espantar a tristeza dos dias cinzentos. Sandálias? Esquece! Os meus pares brasileiros estão todos novinhos e dentro das caixas.
Nesse fim de semana, fiquei um pouco aliviada quando vi que até os belgas fazem a mesma pergunta. Estava um pequeno cartaz pendurado timidamente ao lado do anúncio de saldos de uma loja: Il est où le soleil? (Onde está o sol?)
Resposta: em todos os cantos do mundo, exceto na Bélgica.
Semana passada fizemos um churrasco aqui em casa. Foi um tal de monta e desmonta mesa, abre e fecha sombreiro, entra e sai de casa. Até que finalmente, fomos vencidos e ficamos dentro de casa com a churrasqueira sob um guarda-chuva. Tudo bem, a picanha brasileira continou saborosa e macia. E a cerveja belga continuou gelada.
Nesse exato momento, Sophia desenhou um enorme sol e me pediu para pendurar na porta. Claro! Lá está o desenho inocente tentando nos dar ânimo. Valeu, filha!
Bom, mudando de assunto, senão a gente mofa nas palavras, vou contar um pouco da liquidação nacional. São duas anuais, uma no inverno (janeiro) e outra no verão (julho). Existe a data exata para começar e terminar, determinadas pelo governo. O comércio começa com a primeira remarcação em torno de 30% e com o passar das semanas, e dependendo das vendas, passa-se para a segunda remarcação - 50%, chegando nas últimas semanas a até 70% de desconto. Segundo a lei, o comerciante não pode anunciar saldo fora do período estabelecido, caso o faça está sujeito a pagamento de multa. O país inteiro entra nesse ritmo, e é uma das poucas vezes no ano que as lojas abrem no domingo para a inauguração dos saldos. Como o mar não está para peixe, será que vão fazer o que com a mercadoria encalhada? Estou doida para que a chuva favoreça nesse quesito e permita-me comprar aquela calça verde, amarela ou vermelha, que estou namorando há um tempo.
E para o meu deleite no término desse post, estão dizendo por aí, mais precisamente a meteorologia, que a partir de amanhã teremos sol! Será que pode confiar?

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Inverno prolongado

Estamos em plena primavera, o que sugereria um clima ameno, agradável e de muito sol. Mas não aqui na Bélgica!
Cá estamos há um ano. Chegamos exatamente nesse mesmo período de abril. Encontrei aqui um clima surpreendente. Solzinho na casa dos 20 graus, céu azul e chuvas esparsas na semana.
Agora essa primavera está de doer. Nem mesmo as belíssimas árvores de flores cor-de-rosa não floresceram ainda. Estão todas tentando lutar contra o frio que se abateu nesse mês. Voltamos a temperaturas invernais, na casa dos 10 para baixo. As coitadinhas das singelas flores rosas, ainda não tiveram coragem de aparecer, estão timidamente tentando pôr as caras de fora, mas está difícil!
Corajosas mesmo, são as margaridinhas espalhadas pela grama. Também são como umas praguinhas, mas não deixam de ser lindinhas.
Outras corajosas são as Bluebell, uma florzinha meiga e simpática da região britânica, que forma um tapete azul roxeado entre as árvores da floresta.



Parece um cenário mágico, onde tem-se a impressão de que a qualquer momento, fadinhas estarão por toda a parte, tocando esses pequenos sininhos roxos. Feche os olhos, você será capaz de entender essa mesma sensação.

Praticamente, todos os dias amanhece com sol. No entanto, vem, sei lá de onde, uma força negra que vence o bem, enchendo o céu de nuvens e chuva. Noutro dia, foi uma batalha incansável. Meia hora de sol, 3 horas de chuva, 1 hora de sol, 5 horas de chuva! Podem imaginar a nossa batalha também? Coloca blusa de frio, tira, arma o guarda-chuva, fecha, botas, sapatos. Ah, desse jeito, nem precisa mesmo voltar a academia!

Estou imensamente esperançosa de um verão daqueles! Será que rola???



domingo, 11 de março de 2012

Um pouco da vida diária

Estar na Bélgica me lembra muito estar numa fazenda!
Para qualquer lugar que vamos há sempre uma terra ocupada. Eles aproveitam cada centímetro da terra, e isso acaba fazendo com que, praticamente qualquer estrada ou estradinha seja margeada  por plantações e pastos.






Pesquisando na net, aprendi que boi aqui chama-se gado belga azul, e é resultado do cruzamento entre a raça belga e inglesa, saindo esse boi musculoso e troncudo.
O cavalo parece que usa botas. Tem um excesso de pêlos nas patas, são baixos, e troncudos também.
Aqui em Waterloo, uma cidade à 20 minutos de Bruxellas, e no centro dela, convivo com o ar rural todos os dias. Virando a esquina da minha casa vejo um rebanho de ovelhas pastando todos os dias.
A menos de 10 km já estou na roça. Às vezes o limite do campo e da cidade, é apenas uma estradinha sinuosa.
Agora no inverno o cheiro que paira no ar é de lenha queimada. Todas as casas estão com as lareiras a pleno fogo.
Hoje, um dia chuvoso, a entrada da minha casa está apinhada de minhocas! (Nheca!!! Eu odeio esse bicho!) Ainda bem que elas fazem a felicidade dos vários pássaros que mergulham os seus bicos ávidos naquelas carninhas magricelas. E quando não são comidas, sobra para mim a limpeza. Ai, meu estômago chega a embrulhar!
No verão, adivinhem qual é o odor? Duvido que acertem! Esterco!
Saindo um pouco do assunto mal cheiroso, vamos falar das ovelhas, as pequenas peludas e gordas que estão por toda a parte, até ali no quintal do vizinho.
Lembro-me que na minha primeira morada na Bélgica, fomos convidados para jantar na casa de um colega de trabalho. Mas antes do jantar ele tinha um afazer a cumprir. Levou-me no terreno vizinho, onde mantinha algumas cabeças do animal quentinho. E lá encontramos filhotes que já esperavam pelo alimento: mamadeira! Sim, o senhor levou mamadeiras cheias de leite para os pequenos. 
Falando de agricultura, encontramos o plantio de batata, beterraba, milho, trigo e outros cereais.
No caminho da escola tem um campo de milho que margeia a rua. 
Outro dia ficamos intrigados com uma montanha de "coisas". Que era aquilo? Depois de muito analisar, diminuir a marcha para ver melhor, chegamos a conclusão que eram batatas.
Sim, os belgas adoram batatas. Acho que é o prato principal de todos os dias. Existem as tais de friteries. Vendem batatas fritas em sacos ou em pequenas bandejas, com muita maionese por cima (preferem essa ao catchup), e as pessoas saem comendo pelas ruas. Pode até mesmo ser aquela a refeição do almoço. Já presenciei mãe em restaurante pedindo somente batata frita de almoço para a filha de 2 anos.



E para dizer a verdade, são as melhores batatas fritas que eu já comi! Só que no lugar da maionese eu coloco MUITO catchup! rsrsrsrsrs

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Portugal

As terras agora são lusitanas. Tivemos o imenso prazer em visitar Lisboa e arredores sob um inverno ameno e ensolarado. Sair da Bélgica chuvosa e no frio de 0 graus e encontrar uma Lisboa azul de 13 graus foi divino!



Senti como se estivesse em casa. Com uma certa lógica, Lisboa se parece muito com o nosso Brasil. Mantemos em nossas terras a herança de nossos colonizadores. As construções são bastante familiares, lembrando as cidades históricas de Minas, Salvador, Rio de Janeiro e São Luís.



Estar em Portugal e deliciar-se com os quitutes que conhecemos das cozinhas de nossas avós: pastel de Bélem, quindim e as receitas infinitas do bacalhau, parece ser uma volta ao tempo. É como se estivéssemos vivendo as Histórias que aprendemos no banco de escola. Como se há qualquer momento, pudesse ser possível que algum dos Bragança surgisse em sua carruagem dirigida por algum escravo.




Para mim, ser turista em Portugal foi uma experiência fascinante, já que particularmente sinto imensas saudades do Brasil. Fartei-me de bacalhau, explorei os corredores do supermercado, li tudo em português, fui extraordinariamente compreendida e fiz compreender-me com extrema facilidade, comprei livros, comi pastel com caldo de cana, fui a churrascarias e na maioria das vezes, fui atendida por brasileiros. Como não sentir-se em casa assim?!

Fiquei encantada com os portugueses, amáveis e hospitaleiros. Encontrei ciganas portuguesas que insistiam em querer ler a minha mão. Uma velhinha me gritava: - Venha cá, venha cá!
Se ela insistisse mais um pouco eu cederia ao seu chamado, que parecia mais uma ordem! Acabei caindo nas mãos de outra. E eu logo engatei uma conversa, já que a veia cigana pulsa em minhas veias. Ela me disse ser uma cigana originalmente portuguesa.
- Deixa eu ler a sua sorte.
- Não minha senhora. Minha maior sorte já foi lançada. É a minha filha. Além disso, eu também já fui cigana há muitos anos atrás.
Recebi um olhar espantoso e até receoso mesmo. A coitada logo desistiu de seus trocados. Percebeu que talvez fosse ela quem tivesse que me pagar alguma coisa ao final daquele diálogo. Adorei isso!

E ver ao vivo e a cores, os ladrilhos portugueses nas fachadas dos prédios, nas placas das ruas, nos números das casas, as louças portuguesas, os bordados, as toalhas, os bondinhos, as ruas de pedra. Tudo tão rico e tão acessível, ali ao alcance das mãos.




Passear na rua Augusta, cheia dos seus comércios atrativos, e terminar a beira do rio Tejo. No caminho, sentar à mesa no calçadão de pedestres, saborear mais um, ou dois ou três, bolinhos de bacalhau debaixo de um solzinho morno o suficiente para bronzear o rosto. E ainda, ter ao fundo a cantoria de um árabe que entoava aqueles gemidos das mesquitas mulçumanas. Olhar para os lados e encontrar um carrinho que soltava um imenso nevoeiro, pelas chamas que torravam as castanhas portuguesas, as quais você compra e sai com um saquinho marrom de papel pelas ruas. Completando o cenário, um carrinho de flores para aqueles que querem surpreender ou encantar um escritório ou um lar.




Enfim, achei uma cidade romântica, estilo retro e provençal. Magnífica!

Perto dali o litoral. Ah, o mar... Uma de minhas grandes paixões. A brisa, o cheiro da maresia, o sol brilhando no espelho d'água, as marolas e as ondas. Existe um lugar em Cascais chamado a Boca do Inferno. É porque lá estão algumas rochas que foram trabalhadas pelas fortes ondas, e formaram um buraco desaguando do outro lado. Lindo! E palco de romancistas adeptos a tragédia. Tipo assim: "E pelo amor não correspondido encontro acalento junto as rochas quando a elas me entrego". Vixe! rsrsrsrsrs


domingo, 26 de fevereiro de 2012

Civilidade


Quem de nós brasileiros, já pensou na possibilidade de haver proglames na prefeitura, com direito a comunicação enviada pelo correio aos vizinhos, sobre uma reforma em sua residência? E ainda, ter afixada em frente a sua casa uma nota em cor amarela com o mesmo comunicado da reforma residencial? E o pior, correr o risco de um vizinho reclamante, que não concorda com o um metro de extensão no fundo do quintal, "pôr areia" no seu projeto?
Pois é, brasileiros e brasileiras dessa terra varonil, recentemente recebi um "Aviso de urbanismo" da prefeitura me informando que o vizinho da casa X, cadastrada sobre o registro tal, tinha entrado com um pedido de reforma, cujo projeto consistia em:
1. profundidade total das construções = 5m
2. recuo lateral = 1m63
3. altura da fachada do volume secundário superior àquela do volume central
4. material necessário à reforma: pedras, blocos, betoneiras, tijolos brancos.

Finalizando, "as reclamações e observações escritas devem ser endereçadas a prefeitura até o dia 10 de novembro de 2011. As reclamações e observações orais podem ser feitas até o dia 24 de nove e meia às dez da manhã."
E aí está. Bela lição de moral e cívica. Todos possuem o direto a  liberdade de ação, desde que não interfiram no direito à liberdade do próximo.
Eu cumpro as regras e leis, você idem. Todos nós vivemos em paz.
Onde estão as aulas de moral e cívica de nossas escolas? Por que os alunos fazem chacota, debocham e acham tudo uma asneira? Onde e com quem aprenderão o dever da civilidade? 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Bratislava

Partimos para a Eslováquia, mais precisamente Bratislava, de carro. 12 horas de viagem. Impossível essa jornada com uma criança confinada em sua cadeirinha. Impossível por quê? Já não fizemos 24 horas de voo, dividida em duas etapas, várias vezes a caminho do Brasil quando saíamos da China? Ah, sei lá... Diferente! E por ser diferente, fizemos uma pernoite numa das cidades da Alemanha.
Ah, Alemanha... Aquela auto-estrada me deixou com zumbido no ouvido. Os carros voam por ali. Lá não existe limite de velocidade, e sim sugestão. E desde quando as pessoas seguem sugestões? Carros a 180km/h! E lógico, como ficar atrás? O digníssimo marido, seguia a 160km/h, às vezes alcançava 170km/h numa ultrapassagem de um lerdo qualquer. Ainda bem que o carrinho não é um desses posantes da BMW ou Porsche. O mais impressionante disso tudo, é que eu também alcancei essa velocidade, quando foi a minha vez de reversar a direção. A gente não percebe essa velocidade, vertiginosa para um carro de passeio. O asfalto é impecável, a reta perde-se de vista e praticamente, todo mundo está correndo mesmo! Mas para falar a verdade, eu estava louca para acabar a travessia pela Alemanha. Queria mesmo eram os regulares 120km/h, sinto-me mais segura assim.
Uma coisa eu gostei de verdade. Os banheiros das paradas na estrada. Olha isso aí, deu até para assentar. hehehe
Bratislava fica a 45 minutos de carro de Viena. E lá foi a nossa parada para o jantar. Que delicioso Goulash! Acho que eu comeria esse prato umas 5 vezes por semana!
Primeiro dia de Eslováquia. Passear com quatro crianças a tira colo. Minha amiga e sua família foram conosco (maridos são colegas de trabalho). Ok. Duas mães para 4 crianças. Perfeitamente aceitável. As professoras não dão contam de seus alunos em suas excursões de um dia? Eles não obedecem? Não é tão simples assim, quando o papel é de mãe. Oh, meninada indiscisplinada! Acho que foi a viagem em que mais chamei a atenção da Sophia!

Pegamos um trenzinho e fomos conhecer a cidade. Tive uma sensação esquisita. Achei a cidade assim meio sem vida. O comércio é fraco, as lojas tem idade dos anos 50, a moda segue a mesma premissa. Construções antigas e fechadas, às vezes me pareciam abandonadas. Algumas pessoas locais e alguns outros poucos turistas (será que era por causa do feriado?). O trenzinho foi na principal construção da cidade - o castelo de Bratislava. Imponente o bichano.




Hora de almoço. Escolha às cegas. E que acertada! Fomos nos embrenhando num correrdorzinho, descemos umas escadas e chegamos num porão. Parede e teto de tijolos aparentes. Pedida: estrogonofe. Hummmmm..... Que delícia! Parecia mesmo que estávamos numa daquelas tavernas na Idade Média.
Precisávamos tirar a má impressão da cidade quase fantasma. O melhor lugar para isso? Shopping Mall, claro! Aí sim, vida! Está bem que achei os eslovacos meio carrancudos. Não vi nenhum sorriso simpático e nenhuma demonstração de alegria, nem mesmo na cara dos vendedores. Será que é porque tinhamos quatro crianças barulhentas e bagunceiras? Os coitados dos meninos não receberam nenhum agrado, em hora alguma!
Ouvi dizer que a Eslováquia é cheio de mulheres bonitas. Não vi nenhuma delas. E para não dizerem que o problema estava comigo, perguntei a minha amiga e ao meu marido. Eles também disseram que ainda estavam a procura de um belo exemplar feminino. O mesmo não posso dizer da ala masculina, esses aí estavam bem representados. kkkkkkk
Um lugar que deve ser bastante agradável no verão fica às margens do rio Danúbio, bem próximo ao shopping center. Alguns restaurantes com mesas ao ar livre de frente para o rio, alguns até com deck. Tomar um drink, com um solzinho gostoso, vendo as águas do Danúbio passarem...