A gente quando está na Europa pensa que tudo funciona às mil maravilhas, não é? Achamos que estamos numa sociedade decente e honesta. Ah... mas a passagem pela Eslováquia deu mostras do contrário.
Pegamos a estrada para a Hungria - duas horas e meia de carro. Na fronteira fomos parados por uma blitz, que fazia questão de pegar somente os carros estrangeiros. Ok, documentação na mão, nada a temer. O carro do nosso amigo também estava parado à nossa frente a sua inspeção.
O policial num inglês capenga : - Onde está o adesivo?
- Que adesivo, senhor?
- O adesivo da auto-estrada.
- o que é isso? Para que serve? Onde compra?
O mantenedor da segurança nacional vira para o colega que já tinha despachado o nosso amigo, e pergunta algo. Entendemos que ele disse que éramos brasileiros, e outro disse que o carro da frente era americano. Num balançar de ombros, o guarda volta-se para nós:
- Ok. Pode ir.
Ficamos matutando o que teria sido, o que ele queria? Pedágio? Em momento algum passamos por um. Visto? Meio esquisito isso.
Mais tarde soubemos. Tudo indica que o policial estava querendo "estorquir" um dinheirinho, com a desculpa de que tínhamos que pagar um pedágio. Como ele não se expressava bem, não conseguiu o dinheirinho que queria. Mas tiveram sucesso com o nosso amigo. 50 euros. Um pedaço de papel já pronto, tirado do bolso.
- Ah não, 35 euros, pois não tenho o recibo de 50 - disse o policial.
Chegamos em Budapeste. Cidade bonita e agradável. Cheia de seus spas com as piscinas termais. Um dos principais é a do Hotel Gellért, mas lá tivemos o prazer de saborear a comida húngara. Filet de pato com polenta de abóbora num reduzido de frutas vermelhas. Hummmmmm..... Que delícia!
Após o almoço, cruzamos o rio Danúbio sobre uma ponte lindíssima. Dizem que dali tem-se um pôr-do-sol magnífico. Não deu para apreciá-lo, mas tivemos o prazer de vermos o entardecer do Danúbio, sobre uma ponte suspensa de metal verde com dourado reluzente em seu topo.
Foi lá também que encontrei o chocolate quente mais gostoso que já experimentei! Sorte a minha que também encontrei-o em Praga!
A nossa passagem foi curtíssima! Fui embora com o desejo de quero mais. Sei que ainda existe muito a explorar naquela cidade que mistura a tradição com a modernidade, de um lado o Buda, do outro a Peste. Belíssima Budapeste!
Praga. Eu tinha na minha cabeça que as cidades europeias não mudam muito. Estão aí há séculos, já prontas. Sem espaço para mudanças. Puro engano o meu! E Praga foi a prova disso.
Está certo que não existe mesmo espaço para mudanças e/ou desenvolvimento arquitetônicos. Tudo continua perfeitamente no mesmo lugar de 13 anos atrás, no entanto existe muito mais vida agora. Em 1998, a rua do museu - o Národní - era composta essencialmente por seus edifícios históricos, onde hoje são ocupados pelas maiores grifes internacionais, num frenesi e vai-e-vem de luzes e pessoas.
Praga deixou-me a impressão de ser uma das cidades mais bonitas que já conheci. Impressão essa que foi fortemente reafirmada por seus castelos góticos, igrejas barrocas e arquitetura modernista, rodeados por artistas em roupas medievais à venda de ingressos para os shows de valsa, outros cantando e tocando, artesãos locais, estátuas vivas, cristais, marionetes, bruxas, mamuskas e chocolate.
Na torre do relógio astronômico de Praga, de tempos em tempos, um "mensageiro da Idade Média" toca o seu arauto ao vento aos quatro cantos. É de arrepiar! Se fecharmos os olhos temos a nítida sensação de termos sido transportados lá para aquela época. Fantástico! |
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